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domingo, dezembro 07, 2003

9:47 da tarde
Parcerias improváveis


Sabiam que existem um filme em que podemos encontrar juntos a dupla Abbott e Costello e Charles Laughton? A fita em causa é, nem mais nem menos, que um título já referido aqui em “O Tronco da Teia” por ocasião de uma pequena dissertação sobre filmes de piratas: “Abbott e Costello contra o Capitão Kidd”. Não vamos fazer grandes comentários sobre este filme de 1952. Esta posta é apenas um pretexto para deixar aqui uma ligação a um site que descobrimos recentemente Mexican Lobby Cards que, tal como o próprio nome indica, tem para venda uma extensa colecção daquelas imagens dos filmes que se vêm à entrada das salas.
Ninguém vos obriga a comprar nada. Vale a pena navegar um pouco pelo sítio e apreciar. Para abrir o apetite, aqui deixamos uma amostra, precisamente do filme que junta dois os dois cómicos de valor muito discutível e o grande senhor que, infelizmente para nós todos, só realizou um filme.
E não entendam esta posta como uma recomendação subliminar para irem ver “Once Upon a Time in México”. Tudo menos isso.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

sábado, dezembro 06, 2003

4:27 da tarde
Uma fita chamada cinema português

Manchete desta sexta-feira, dia 5 de Dezembro de 2003, de “O Independente”: “Tirem-nos deste filme”. A notícia refere-se obviamente ao estado do cinema português. Podem questionar-se os nossos caros leitores que este tipo de assunto não se enquadra nos conteúdos habitualmente abordados por “O Tronco da Teia”, mas, na verdade, não existe coisa mais esquecida em Portugal que o cinema. Aquele que se produz por cá, entenda-se.
A notícia do semanário tem como base números do Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM) sobre os subsídios atribuídos pelo Estado aos filmes e os respectivos espectadores. Sem querermos deambular muito pelo tema, referimos apenas que o filme português menos visto em 2001 “Frágil Como o Mundo”, de Rita Azevedo Gomes (1600 espectadores, menos do que o número de visitantes que “O Tronco da Teia” já teve em pouco mais de três meses de existência) teve um apoio de ICAM de cerca de 450 mil euros. Em 2002, “António, um Rapaz de Lisboa”, custou ao Estado 550 mil euros e teve 2516 espectadores.
Todos sabemos que o cinema português não sobrevive sem subsídios estatais. Porque não há indústria de cinema em Portugal, porque 99,9% dos filmes distribuídos em Portugal são estrangeiros, porque não há dinheiro, porque não há espectadores. De quem é a culpa? Dos júris (alguém saberá dizer por que razão Bárbara Guimarães faz parte do júri do ICAM) que seleccionam os projectos merecedores de apoio? Dos autores? Dos distribuidores? Dos espectadores?

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

sexta-feira, dezembro 05, 2003

2:00 da manhã
Filmes caseiros

A luta do cinema independente pela sobrevivência nos EUA continua. Depois de terem querido censurar o filme de Pamela Anderson com o seu mais-que-tudo Tommy Lee, uma estudante de cinema numa universidade de Nova Iorque está a encontrar séria oposição por parte do “establishment” para criar e divulgar a sua arte.
Em Outubro passado, Paula Carmicino (na foto) apresentou uma ideia para um filme ao seu professor, no qual (no filme e não no professor) se propunha em quatro minutos mostrar os contrastes entre o comportamento banal do dia-a-dia e a luxúria humana desenfreada. O professor, de seu nome Carlos de Jesus, adorou a ideia e Paula encontrou dois amigos/actores dispostos a terem relações sexuais diante das câmaras para um filme que seria posteriormente exibido na sala de aula. O entusiasta mas receoso professor decidiu falar do projecto à administração da Faculdade, que, numa atitude claramente censória, impediu a realização do filme.
“Todo o conceito do filme era comparar o comportamento normal das pessoas nas suas vidas quotidianas com o comportamento animalesco que demonstram quando estão envolvidos em actos sexuais”, afirma Paula, de 21 anos, que sente que só irá conseguir evoluir como artista se fizer um filme pornográfico. O filme teria 30 segundos de cenas de sexo selvagem intercaladas com os tais momentos da vida quotidiana e teria o nome “Animal”. Para tal, tinha o apoio da sua mãe, do Sr De Jesus e dos colegas.
A administração teria autorizado o filme se este contivesse cenas de sexo simulado, mas Paula não queria comprometer a sua a sua arte. Ou deixavam-na filmar “hard-core” primeiro escalão triplo X ou então mais valia não fazer nada. Perante os irredutíveis censores fascistas da universidade, Paula resolveu abandonar o projecto e fazer um filme em que todos as palavras dos diálogos têm um “bip” por cima.
Nós aqui n’ “O Tronco da Teia” assumimos como nossa a luta de Miss Carmicino e apelamos a todos os que tenham guardados na gaveta os respectivos filmes caseiros com cenas de sexo e coisas mundanas que os apresentem no festival de cinema mais próximo da sua residência.
E aqui fica uma dica completamente gratuita para as cabeças pensantes dos executivos de Hollywood. Não andam por acaso à procura de realizador para Harry Potter Parte IV? Penso que Paula Carmicino era uma boa aposta. Depois de ganharem milhões de dólares à conta dela, sempre podem financiar outros projectos.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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O Blog do cinema esquecido, o bom e o mau. Por Eduardo D. Madeira Jr

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