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sexta-feira, setembro 03, 2004

4:39 da tarde
É minha irmã e minha filha*

Para hoje, o prato do dia é um filme de Renny Harlin, o tal finlandês que foi casado (pensamos que já não é) com a Geena Davis e o autor de “Assalto ao Aeroporto”, “Assalto Infernal”, “A Ilha das Cabeças Cortadas” e esse grande épico das corridas de automóveis com Sylvester Stallone “Driven”. Vejam no que deu misturar “Chinatown”, “Do Céu Caiu uma Estrela”, os filmes do Elvis Presley, “heavy-metal”, talvez uns toques de “Porky’s” e muitos corpos femininos perfeitos. Fiquem com “As Aventuras de Ford Fairlane”, um filme que tem muita coisa, explosões, koalas mortos, palavreado colorido, a mulher do Elvis, necrofilia, etc. Faltaram as cenas de nudez e sexo desenfreado (quanto vai de aposta que estas duas referências vão fazer subir em flecha as audiências deste blog).

“As Aventuras de Ford Fairlane”
(“The Adventures of Ford Fairlane”)
Ano: 1990
Realização: Renny Harlin
Elenco: Andrew Dice Clay (Ford Fairlane), Wayne Newton (Julian Grendel), Priscilla Presley (Colleen Sutton), Lauren Holly (Jazz), Maddie Corman (Zuzu Petals), Gilbert Godfried (Johnny Crunch), Brandon Call (o puto), Robert Englund (Smiley), Ed O’Neil (Tenente Amos), Vince Neil (Bobby Black), Morris Day (Don Cleveland), Kari Wuhrer (Melodi), Tone Loc e Sheila E.
O VHS existe (mas quem é que ainda gasta disto?) e nós temos (cópia muito velhinha). O DVD também existe, mas não por cá.

Há quem pense que Andrew Dice Clay é o Anticristo. Ou pelo menos pensava, porque o Diceman já não é o que era. Em tempos que já lá vão, Clay era um “stand-up comedian” de sucesso assinalável nos EUA graças ao seu humor muito pouco PC que gozava/insultava toda a gente com um tom particularmente machista – atenção, estamos a falar de um comediante norte-americanos dos anos 80 e não de Fernando Rocha na actualidade; é claro que colocar Fernando Rocha e comédia na mesma frase é uma daquelas coisas que pode alterar o “space-time continuum” e destruir o universo, tal como era o Marty McFly andar enrolado com a mãe no “Back to the Future”.
Bem, Andrew Dice Clay não é muito conhecido (para não dizer nada conhecido) em Portugal e mesmo aqui o vosso Eduardo D. Madeira Jr não tem muitas referências do homem. Apenas sabemos que anda a fazer uns espectáculos em Las Vegas, que ganhou algumas dezenas de quilos e que não se saiu muito bem numa recente entrevista à CNN (que podem ver aqui). Quando era figura do shock-humour norte-americano, Clay, já depois de ter sido banido da MTV por dizer obscenidades durante uma actuação de uma gala qualquer do canal de música, tentou uma carreira no cinema e “As Aventuras de Ford Fairlane” era para ser o seu veículo em direcção a outros glórias. Mas a coisa nunca resultou. O filme foi um grande fracasso e qualquer hipótese de sequela foi afastada. O culto, esse, existe.
Ford Fairlane é uma transposição da sua persona de palco. Muitos “fucks”, muitos “dicks” “pussys”, “shits” etc, etc, etc, não que isso nos choque muito que faça grande confusão à nossa sensibilidade. Fairlane é um detective, com especialização no rock & roll. “Glamour”, convivio com as estrelas, bons carros, mulheres bonitas e entrada livre nas discotecas da moda (e, presumimos, nas outras) é tudo o que Ford Fairlane tem ao seu dispor. Pelo meio, resolve crimes, reúne famílias perdidas, canta e acaba o filme com o amor da sua vida e um koala. E atenção às breves participações do rapper Tone Loc, de Robert “Freddy Krueger” Englund, Morris Day (o frontman dos Time, de quem Kevin Smith muito gosta) e Priscilla “a mulher do Elvis” Presley.
Basicamente é um monumento ao mau-gosto. Altamente recomendado.

*Quem diz esta frase, Priscilla Presley em “Ford Fairlane ou Faye Dunaway em “Chinatown”?

P.S. – Com esta ausência prolongada, nem sequer celebrei um ano de existência de “O Tronco da Teia”. Parabéns à sua numerosa equipa, que tem feito um excelente trabalho. Mas não sei se a equipa aguenta mais um ano disto.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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