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terça-feira, setembro 27, 2005

1:45 da tarde
Don Adams
(1923-2005)
























"I may never get to play with the Philharmonic, but on the other hand, is Leonard Bernstein licensed to kill?"

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

domingo, setembro 18, 2005

4:12 da tarde
O novo americano

Joaquim de Almeida vai naturalizar-se cidadão norte-americano. Deve ser pela variedade de papéis que Hollywood lhe oferece.
Segue-se uma lista de personagens interpretadas por Almeida em filmes americanos:
- "Clear and Present Danger" (1994) - Coronel Felix Cortez (traficante de droga latino)
- "Only You" (1994) - Giovanni (amante latino)
- "Desperado" (1995) - Bucho (traficante de droga latino)
- "A Máscara de Zorro" (1998) - General Santa Anna (militar mexicano)
- "Dollar for the Dead" (1998) - padre mexicano
- "On the Run" (1999) - Ignacio (gangster latino)
- "No Vacancy" (1999) - Reynaldo (qualquer coisa com um nome latino)

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

sábado, setembro 03, 2005

10:09 da tarde
Um filme sempre pop
(com som)


As nossas memórias cinéfilas (quando digo nossas, quero dizer minhas, o que não quer dizer que vocês caros leitores não tenham memória cinéfila, antes pelo contrário) são bastante abrangentes, o que significa que parte significativa da nossa vida foi passada (desperdiçada?) a ver filmes. Benefícios, para além da óbvia sensação de satisfação intelectual, são poucos.
Encher a cabeça com factos inúteis, relembrar filmes que mais ninguém conhece, daqueles que vimos numa qualquer sessão de domingo à tarde. Às vezes, até dá para impressionar mulheres, mas elas começam a perder o interesse quando a conversa descamba para a verdade inquestionável de, mesmo depois de cinco filmes, os Rocky continuarem a ser frescos e interessantes e que as capacidades dramáticas de Sylvester Stallone são como um bom vinho, melhoram com o tempo (não é necessariamente a opinião do autor desta prosa, é apenas um exemplo).
Tudo isto para perguntar, como sobrevive um filme ao tempo e à evolução das nossas sensibilidades? Será que aquela grande comédia que nos fez rir às gargalhadas durante os nossos impressionáveis oito anos mantém a mesma qualidade à vista da nossa dieta cinéfila dos 30 anos feita à base de cinema europeu, iraniano e do Taiwan? Seria o “Pato com Laranja” assim tão escandalosamente pornográfico ao ponto de ter sido interrompido a meio durante a sua transmissão no início dos anos 80 e ter motivado debates no parlamento e inquéritos na RTP?
“Le film du jour” é “Flash Gordon”. Como terá ele sobrevivido?

“Flash Gordon”
(“Flash Gordon”)
Ano: 1980
Realizador: Mike Hodges
Elenco: Sam J. Jones (Flash Gordon), Melody Anderson (Dale Arden), Max Von Sydow (Ming), Topol (Hans Zarkov), Ornella Muti (Aura), Timothy Dalton (Barin), Brian Blessed (Vultan) e Peter Wyngarde (Klytus)
Disponível em DVD

Primeiro um pouco de história. Diz a lenda que George Lucas quis adaptar Flash Gordon ao cinema, mas, por alguma razão (os direitos sobre a personagem) decidiu-se antes pela “Guerra das Estrelas”, que, como devem saber, até foi um razoável sucesso de bilheteira. A Guerra das Estrelas e o seu razoável sucesso aconteceu em 1977 e o sempre empreendedor produtor italiano Dino de Laurentis, que até tinha rejeitado a proposta de Lucas, também quis entrar no domínio da ficção científica – é o mesmo Dino que produziu filmes de Fellini, Bergman, Cronenberg e Lynch, o remake de King Kong e Conan, o Destruidor, o filme que acabou com a promissora carreira cinematográfica de Wilt Chamberlain.
Para o herói principal, Sam J. Jones, antigo modelo de capa da Playgirl (sabem o que é a Playboy? É a mesma coisa, mas com homens), para o seu interesse amoroso, a desconhecida Melody Anderson, para ser o cientista louco de bom coração Topol, que se notabilizou como um pobre agricultor judeu que perguntava por que é que não era rico em “Um Violino no Telhado”. O vilão foi o credenciado actor sueco Max Von Sydow, aquele que jogava xadrez com a morte, e o cast foi completo com uma bomba italiana (Ornela Mutti) e dois actores de teatro ingleses (Brian Blessed e Timothy “futuro James Bond por dois filmes, quase tão mau como o George Lazenby” Dalton). A realização foi para um britânico, Mike “Get Carter” Hodges. Depois de juntados todos os ingredientes e, provavelmente, umas quantas garrafas de vinho tinto e uma boa dose de alucinogénicos, a coisa foi ao forno e servida em 1980 como a nova grande experiência de “sci-fi” no cinema depois de “Star Wars”. Ou talvez não.
Se há algo de que não podem acusar “Flash Gordon é de não ser fiel à banda desenhada que lhe serviu de inspiração. Quem conhecer as aventuras criadas por Alex Raymond, vê as mesmas cores, a mesma estética retro-futurista, a mesma história, as mesmas personagens, com um toque psicadélico anos 60. Tudo parece falso e, no entanto, há qualquer coisa de irresistível na artificialidade deste filme em que o salvador do universo é um jogador de futebol americano, que passa boa parte do filme com uma t-shirt a dizer… Flash, pois claro.
Basicamente, a coisa passa-se assim. O tirano ditador de Mongo, Ming o Impiedoso, está numa onda de expansão do seu império e transforma o planeta no seu mais recente objecto de desejo. Corta para a Terra, onde um jogador de futebol americano e uma vendedora (penso que imobiliária) estão a bordo de um avião que é apanhado no meio de uma tempestade provocada pela invasão de Ming. O avião despenha-se à beira da casa de um cientista louco que está a construir um foguetão para ir a Mongo parar a invasão. Sem grandes conversas, o “quarterback”, a vendedora e o cientista vão ter ao planeta invasor e são capturados por Ming. Uma hora e meia depois, o vilão é derrotado, o atleta e a vendedora encontram a felicidade nos braços um do outro, os passarinhos cantam e o sol volta a brilhar. Tudo acaba bem.
No início dos anos 80, os efeitos especiais não estavam muito desenvolvidos, mas “A Guerra das Estrelas” já havia definido alguns padrões de exigência neste domínio. “Flash Gordon” também estabeleceu os seus “standards”, mas por um caminho diferente. A lógica é assumidamente a de uma banda desenhada colorida e irreal, uma ficção muito pouco ou nada científica. Pouco faltou para ser verem os cordelinhos a puxar as naves. Lembram-se da antiga série do “Batman” (que também deu um filme), aquela em que o “Dinamic Duo” escalava prédios mas as respectivas capas não sofriam com a força da gravidade e mantinham-se exactamente na mesma, como se tivessem levado três quilos de goma em cima quando foram à lavandaria? “Flash Gordon” é no mesmo género.
É muito fácil dizer mal deste filme. O actor que faz de Flash (que podia ter sido o Kurt Russell e que, conta a lenda, foi escolhido pela mãezinha de De Laurentiis) é um alvo particularmente grande, os diálogos são tirados de uma vinheta de BD – “Flash, I love you, but we only have fourteen hours to save the Earth!” – e ninguém parece levar nada muito a sério. Logo, o espectador também deve seguir pelo mesmo caminho.
Para o fim, propositadamente, ficou a música. É uma banda sonora integralmente feita pelos Queen e com aquela inesquecível tema do genérico inicial “Flash! Ah Aaaaaaaaah!” (podem recordar a música aqui n’O Tronco da Teia, é uma pequena prenda do vosso amigo Eduardo).
Em suma, já não era uma obra-prima há 20 anos e não é agora. Do que é que estão há espera?

P.S. - We’re back. E, por falar nisso, já passaram dois anos desde que aparecemos por aqui. Obrigado aos nossos fiéis! E para aquele leitor que se queixava da falta de artigos com substrato, espero que tenha ficado saciado.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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