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domingo, agosto 17, 2003

2:36 da manhã
Está tudo nos reflexos

É um dos cineastas mais subvalorizados da actualidade. “O Tronco da Teia” é um fã incondicional de John Carpenter e de praticamente todos os seus filmes e não consegue entender por que razão filmes como “Fuga de Los Angeles”, “Vampiros” e “Fantasmas de Marte”, só para citar alguns dos mais recentes, não foram grandes sucessos e são menosprezados pela crítica americana, que olha para os seus filmes como objectos menores como tentativas falhadas de reproduzir os seus filmes de início de carreira, marcados por enorme imaginação e baixos orçamentos.
Não nos interpretem mal. “Assalto à 13ª Esquadra”, “Halloween”, “Nova Iorque 1999” e “O Nevoeiro” são filmes muito apreciados aqui n’ “O Tronco da Teia”, mas consideramos que a carreira de Carpenter não acabou a partir do momento em que os grandes estúdios lhe deram dinheiro para fazer filmes. Se tal tão tivesse acontecido, nunca teríamos tido o belíssimo “Starman”, “Christine”, “Memórias do Homem Invisível” ou este “As Aventuras de Jack Burton nas Garras do Mandarim”, filme recordado hoje por “O Tronco da Teia”, que promete mais Carpenter no futuro.


“As Aventuras de Jack Burton nas Garras do Mandarim”
(“Big Trouble in Little China”)
Ano: 1986
Realizador: John Carpenter
Actores: Kurt Russell (Jack Burton), Kim Catrall (Gracie Law), Dennis Dun (Wang Chi), James Hong (David Lo Pan), Victor Wong (Egg Shen), Kate Burton (Margo, Donald Li (Eddie Lee) e Suzee Pai (Miao Yin).
Disponível em VHS e DVD. Na contracapa da edição portuguesa em DVD (que será sem dúvido um objecto de colecção no futuro, tal como um selo mal impresso), Jack Burton aparece referenciado como um viciado em cocaína. E não se deixem enganar pela capa, é Mandarim e não Mandarin.

Quem pensa que foi “Matrix” a recuperar os filmes de artes marciais produzidos em Hong Kong e a utilizar, engana-se. Quase 15 anos antes do filme dos irmãos Wachowski, John Carpenter utilizou a Chinatown em São Francisco como cenário para “As Aventuras de Jack Burton nas Garras do Mandarim”, filme que combina artes marciais, mitologia chinesa, fantasmas, romance e humor.
A história gira à volta de Jack Burton, um camionista pouco dado a coisas heróicas, mas que resolva a ajudar o amigo Wang a salvar a sua noiva de olhos verdes das garras do pérfido Lo Pan, uma figura sinistra que governa Chinatown. Pelo meio, encontram lutas de gangs rivais, magia negra, monstros, combates aéreos de kung fu e uma série de infernos diferentes (como o inferno dos pecadores de cabeça para baixo ou o inferno do dragão oleoso). E não nos podemos esquecer de Kim Catrall, muito antes da fama entretanto recuperada em “Sexo e a Cidade”.
“Jack Burton” foi um fracasso na altura da estreia e só mais tarde é que começou o culto em redor deste filme. Para nós, esse fascínio começou precisamente no ano em que passou nas salas portuguesas, ainda sem sabermos o que significava exactamente a expressão objecto de culto. É verdade, a interpretação de Kurt Russel como uma espécie de John Wayne camionista que não sabe disparar uma arma poderá ser exagerada, é verdade que algum daquele misticismo pode parecer ridículo, mas é a nossa opinião que faz tudo parte do encanto.
Para terminar, não resistimos a reproduzir um dos monólogos iniciais de Jack Burton, enquanto está ao volante do seu camião: “When some wild-eyed, eight-foot tall maniac grabs your neck, taps the back of your favorite head up against the barroom wall, looks you crooked in the eye and asks you if ya paid your dues, you just stare that big sucker right back in the eye, and you remember what ol' Jack Burton always says at a time like that: ‘Have you paid your dues, Jack?’ ‘Yes sir, the check is in the mail.’”
Se há filme que merece ser recordado, é este.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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