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domingo, agosto 17, 2003

9:30 da tarde
Tesouro escondido

Embora a maioria do cinema comercialmente distribuído seja em língua inglesa, poucos são aqueles produzidos em Inglaterra. Mas as terras de sua majestade têm uma desenvolvida indústria de cinema e uma larga tradição na comédia.
Antes dos Monty Python, Sim Sr. Ministro, “Quatro Casamentos e Um Funeral” e “O Diário de Bridget Jones”, a comédia já era um género muito popular para os britâncos, que não se cansaram de produzir muitos exemplos do género, desde a inenarrável série “Com Jeito Vai…” até à brilhante comédia negra “The Ladykillers”, onde estão, só para citar os que nos lembramos assim de repente, Alec Guiness e Peter Sellers.
No meio de uma produção que chega a ser de centenas, é fácil a um filme passar despercebido, ou, pelo menos, ir perdendo alguma visibilidade com o passar dos anos. Não sabemos exactamente se “Passaporte para o Paraíso” é um desses casos, ou se, pelo contrário, ocupa algum lugar especial nas listas dos cinéfilos ou se é aquilo que se designa hoje em dia chamar de filme de culto.
Em Portugal (onde julgamos que nunca teve distribuição comercial), pelo menos, não temos ideia de este filme ser muito citado e mesmo a nível internacional não aparece nas listas das grandes comédias, lugar onde julgamos merece estar. Por isso, mesmo correndo o risco de estar a chover no molhado e dizer algo que já toda a gente disse, “O Tronco da Teia” dedica hoje algum do seu espaço a “Passaporte para o Paraíso”.


“Passaporte para o Paraíso”(“Passport to Pimilico”)
Ano: 1949
Realizador: Henry Cornelius
Actores: Stanley Holloway (Arthur Pemberton), Betty Warren (Connie Pemberton), Barbara Murray (Shirley Pemberton), Paul Dupuis (Duque de Burgundy), John Slater (Frank Huggins), Jane Hylton (Molly Reed), Raymond Huntley (Sr. Wix) e Margaret Rutherford (Prof. Hatton-Jones).
Disponível e VHS e DVD, embora nunca tenhamos visto qualquer um deles em Portugal (o que não quer dizer que não exista). Quanto a nós, sempre que queremos regressar a Pimlico, recorremos a uma velha cassete de vídeo já cheia de riscos gravada há muitos anos de uma daquelas sessões da RTP2.

O que fazer quando um bairro de Londres descobre que é um território independente do Reino Unido? Fecham-se fronteiras, regulamenta-se o comércio externo e cria-se um governo, pois claro. É precisamente o que acontece em Pimlico, onde uma bomba esquecida da II Guerra Mundial explode e revela alguns documentos que provam a independência do bairro e dos seus moradores face à autoridade da coroa britânica.
Na Inglaterra do pós-guerra e em forte regime de racionamento, esta inesperada aliança à Borgonha cria um clima de insurreição civil pacífico entre os moradores de Pimilico face às autoridades que não sabem muito bem o que fazer. Com a liberdade adquirida, os habitantes da Nova Borgonha decidem fechar as fronteiras, acabar com o racionamento e têm liberdade para fixar os preços. E claro, é preciso nomear um ministro das finanças para gerir o tesouro que foi encontrado com os documentos.
“Passaporte para o Paraíso” é um daqueles filmes que tem uma fantástica ideia de partida e que a desenvolve na perfeição. Para além do mais, conta com um elenco seguro composto por excelentes actores ingleses, do qual destacamos Stanley Halloway (o Alfred P. Doolittle de “My Fair Lady”) e Margaret Rutherford (que seria a mais memorável Miss Marple).
Sabemos que “Passaporte para o Paraíso” será um filme muito difícil de encontrar e que só poderá ser adquirido recorrendo à importação. Mas se tiverem oportunidade de ver este filme, quer seja em casa de um amigo, numa sessão qualquer da cinemateca um num canal de televisão a horas impróprias, não hesitem. Vale bem a pena.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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