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quinta-feira, setembro 11, 2003

10:04 da tarde
Caveiras e ossos

Para quem pensava que “O Tronco da Teia” tinha fechado as suas portas de vez, sido raptado por extraterrestres ou convidado para trabalhar nos grandes estúdios de Hollywood, engane-se, pois estamos de volta e continuamos empenhados na nossa tarefa de arqueologia cinéfila a que nos propusemos no início, pedindo desde já as nossa mais sinceras desculpas aos cibernautas cinéfilos que têm desesperado por mais estreias aqui na nossa pequena sala de cinema.
Depois de um período de árdua meditação e de pesquisa pelos mais recônditos cantos das mais obscuras cinematografias mundiais, e aproveitando a recente estreia de “Piratas das Caraíbas – A Maldição do Pérola Negra”, “O Tronco da Teia” dedica hoje o seu espaço aos filmes de piratas, género que, na nossa opinião, não é fértil em grandes obras e cuja grande maioria são candidatas a serem esquecidas. Mas como o “Tronco” está no “negócio” dos filmes esquecidos (não interpretem isto como se nós tivéssemos alguns interesses financeiros na área da distribuição cinematográfica), não podemos deixar escapar a oportunidade e falar do tema.
Sim, é verdade. Nunca houve uma grande adaptação de “A Ilha do Tesouro”, provavelmente o mais famoso romance de pirataria alguma vez escrito. Nem a inefável versão da Disney, nem o apagado Long John Silver de Charlton Heston ou “Os Marretas na Ilha do Tesouro” (embora possa servir de desculpa para ver mais uma vez, Cocas, Gonzo, Animal e companhia).
Mas quem quiser ver bons filmes de piratas sempre pode recorrer a “Capitão Blood”, de Michael Curtiz, um dos mais famosos filmes de Errol Flynn (o seu filho Sean Flynn tentou uma investida no género com “O Filho do Capitão Blood”), “The Crimson Pirate”, com Burt Lancaster, ou “O Tesouro do Barba Ruiva” (“Moonfleet”), de Fritz Lang – é discutível se se pode considerar este último como um filme de piratas, mas como é um dos favoritos de “O Tronco da Teia” não podíamos deixar de fazer referência a este clássico.
Para um olhar mais em pormenor não escolhemos um Errol Flynn, qualquer uma das três versões de “Revolta na Bounty” ou até mesmo o óbvio “Abbott e Costello contra o Capitão Kidd”. O objecto cuja descoberta hoje propomos é simplesmente “Piratas” do recém-oscarizado Roman Polanski.

“Piratas”(“Pirates”)
Ano: 1986
Realizador: Roman Polanski
Actores: Walter Matthau (Cap. Bartholomew Red), Cris Campion (Forg), Damien Thomas (Don Alfonso), Olu Jacobs (Boomako) e Charlotte Lewis (Dolores)
Disponível em VHS. Sem lançamento em DVD, embora seja de prever que, com esta piratamania, uma edição seja lançada no mercado durante os próximos meses.


Para dizer a verdade, não há nada de especialmente memorável neste “Piratas”. A história não é particularmente interessante (tudo gira em torno de um trono de ouro azteca – ou maia ou inca, não nos lembramos muito bem), o elenco não está lá muito inspirado e o próprio Polanski, que já não fazia um filme há oito anos também não parece muito preocupado em fazer um filme interessante (perdoem o excesso dos advérbios de modo, mas estão lá para reforçar a ideia), mesmo que este tenha sido o produto de uma obsessão pessoal. Escusado será dizer que foi um fracasso e Polanski ficou mais uns anos sem fazer filmes
Por outro lado, o que dissemos atrás não é bem verdade. “Piratas” é um filme completamente (mais um advérbio de modo) falhado se for visto como um filme de capa-e-espada, uma aventura marítima de caça ao tesouro com vilões desdentados e heróis de barba impecável, mas como uma paródia tem os seus momentos. E conta com Walter Matthau, que constrói um irresistível Capitão Red, de perna de pau, cara de mau e um irregular sotaque “cockney”.
Alguns momentos a ter em atenção entre muitos:
- a cena inicial em que um esfomeado Capitão Red persegue o seu imediato Frog numa pequena jangada no meio do oceano pensado que este é um frango.
- quando Red e Frog estão a bordo do galeão espanhol e têm de decidir entre os dois como dividir um rato para o comerem. A cabeça ou o rabo?
Se acham que este filme é mau, experimentem ver “A Ilha das Cabeças Cortadas”, um monumental “flop” que Renny Harlin fez para a sua noiva da altura Geena Davis.

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Por Eduardo D. Madeira Jr.

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